24 de dezembro de 2018

Já cheira a Natal

É véspera de Natal... 
Lembro-me dos meus Natais em pequena, da azáfama do dia 24 em que ia com a minha Mãe distribuir bolo rei pelos clientes da minha avó, da casa cheia ao jantar, do cheiro a pataniscas de polvo, a sonhos e a bolo rei... De andar de casa em casa depois da meia noite e também no dia seguinte...  De acreditar muito no Pai Natal, na sua magia, e de isso ser tão importante! Se existia alguém capaz de presentear todas as crianças do mundo numa só noite, montado num trenó conduzido por renas, então qualquer sonho se poderia tornar realidade! Sempre gostei do que o Natal representa (para mim), mas nunca foi a minha época favorita, mas ainda assim toda aquela magia sempre me fascinou! 
Há 5 anos, quando fui Mãe, a magia do Natal voltou... Voltei a fazer uma grande árvore de Natal, a enfeitar a casa toda, luzes e brilho por toda a casa!! 
Olho para as minhas filhas e vejo o brilho nos olhos delas quando falam do Pai Natal! 
Este ano em particular não estou muito dentro do espírito natalício, mas sempre que olho para elas sinto a magia! 
Todos os anos escrevem uma carta ao Pai Natal, e ele responde! Fazem actuações de Natal para a família na ceia de Natal... Vestem uma roupa nova... Fazem bolos de Natal... 
Todos os anos sabem que são umas sortudas, que há crianças que não têm uma família ou uma mesa recheada de comida na noite de Natal, e sabem que apesar de adorarem presentes isso é o mais importante! Quem temos à mesa, quem nos liga, quem passa para nos dar um beijinho de feliz Natal... Quem faz parte da nossa vida é o mais importante, sempre! 
Que guardem todos os Natais no vosso coração, as tradições, as musicas, os cheiros... O amor, o carinho e a magia!


30 de novembro de 2018

Por favor, acabem com as opiniões!


(texto escrito em 2013)
Durante a gravidez parece que temos um íman que atrai todo o tipo de comentários! 
Para as Mães de primeira viagem então é uma coisa por demais! Devia dar direito a multa!
Cada vez que alguém, na melhor das intenções como sempre, abrisse a boca para uma frase típica como "Preparada para as noites mal dormidas???" pimba! Uma multa! 

Não sendo possível, só nos resta aprender a lidar com isso, e o melhor é mesmo aguentarmos firme, porque na próxima gravidez com certeza já não vamos ter de aturar metade desses comentários (já saberemos responder ou ignorar!), já estaremos mais que preparadas para isso!

O facto de toda a gente achar que, por estarmos gravidas, se pode meter na nossa vida, irrita-me…muito! Só o facto de acharem isso, já chateia!
Toda a gente tem uma opinião a dar sobre tudo, mesmo sem nós perguntarmos…
Antes as perguntas eram apenas “tudo bem contigo?”… 
Agora, as perguntas diárias parece que obedecem a uma lista interminável!

“Então, como estás? E o calor? Já inchaste? Quantos quilos engordaste? Tens desejos? E dormes bem de noite? E as dores? E os pés, já incharam? Já aumentaste o número dos sapatos? Já pensas no parto? Assustam-te as dores do parto? Como vais amamentar? Já tens contrações? Estás preparada para não dormir de noite? Agora acabou-se o descanso, sabes disso certo?”

Há também aquelas frases ditas com ar de uma aparente satisfação:

“Ah, agora já estás com ar de gravida! ; A tua cara está tão redonda! ; Estás mesmo com corpo de gravida! ; Essas borbulhas são por causa da gravidez?”

Toda a gente se acha no direito de opinar, dar dicas, criticar, insinuar coisas…Enfim!
Depois das perguntas vêm os relatos das experiências (más, claro) e as dicas de como fazer para sobreviver a esta “horrível” fase que se segue… A terrível maternidade! 
(Isto tudo sem que a grávida pergunte o que quer que seja, claro!)

“Dorme tudo agora, porque depois… ; Vão ao cinema agora, porque depois… ; Vão jantar fora agora, porque depois… ; Vê televisão agora, porque depois… ; Aproveita a praia agora, porque depois…”  

Mas depois o quê???
Depois a vida muda, muito, e temos mais uma pessoa connosco, dependente de nós, mas que nos vai alegrar as vidas!!! Vai-nos cansar na mesma medida que nos vai amar!
Vai cansar-nos sim, tirar-nos horas de sono, exigir muito de nós física e psicologicamente… Mas vai ser o melhor de nós!
Vamos ser Pais… Não vamos deixar de ser nós, nem deixar de ser um casal… Um casal que se ama, que se respeita, e que precisa dos seus momentos a sós como toda a gente que queira ter a saúde mental em dia…!
Vão existir muitos momentos em família, momentos a sós, mas também os momentos a dois que forem necessários para que a vida seja boa de viver… Para todos lá em casa! 
Porque se um de nós não estiver bem, as coisas não correm bem… 

Descontrair é a palavra… Viver em vez de sobreviver! E pessoal, vamos falar só do lado maravilhoso da maternidade às gravidas, por favor!!! Já toda a gente sabe que cansa e tal! Mas, e se falássemos na delicia dos abraços, na doçura dos beijos, na magia dos primeiros sorrisos... Mais amor por favor!

A magia do Natal

ADORO o Natal (hoje)! 

Não pelos presentes nem pela euforia do consumismo... Não pela correria desenfreada às lojas, nem pelas listas intermináveis de presentes por comprar... Nada disso! 
Adoro o Natal pela magia que ele nos permite sentir... O brilho no olhar das crianças que creem num senhor velhote de barbas brancas, capaz de cruzar os céus num trenó comandado por renas... Um senhor velhote de barbas brancas que recebe cartas dos meninos de todo o mundo, onde lhe escrevem com o coração o que mais gostariam de ter no Natal... E que depois, com a ajuda dos doentes, embrulha todos os presentes e os distribui por todas as casas, entrando pela chaminé enquanto todos dormem, sem nunca deixar que o vejam! 
Acreditar e sonhar com toda esta magia, enche o coração de amor e de esperança!

E se, em vez de perguntarmos aos nossos filhos "que brinquedos vais pedir ao Pai Natal?", a pergunta fosse "filho, o que mais desejas neste Natal?" 
Certamente ficaríamos muito surpreendidos com a resposta... Porque, quem arrasta o consumismo louco para o Natal somos nós, os adultos. 
Escutem com o coração, porque as crianças sempre dão-nos as respostas certas...
Claro que todas as crianças gostam de receber brinquedos, é uma alegria! Ainda assim, é uma ótima altura para lhes estimularmos a sua capacidade de partilha, de amizade, de altruísmo e de amor pelos outros... 


Ter a família reunida, lembrar os que já faltam à mesa através de historias e partilhas, rir, gargalhar, conversar, partilhar... É este o verdadeiro significado do Natal...
É a época perfeita para trazer ao de cima os melhores sentimentos que temos no nosso coração, falar deles, agradecer pelo que temos e por quem temos ao nosso lado, sem nunca esquecer que existem outras realidades para além da nossa... E que, mesmo que não possamos mudar o mundo, podemos sempre fazer o mundo de alguém um pouco melhor... E, talvez um dia, o mundo seja um lugar tão bom para se viver, que todos terão o Natal ideal! 

Feliz época Natalícia! Que venha o mês de Dezembro! 

21 de novembro de 2018

Um coração fora do peito

Há dias em que o nosso coração fica apertado, só por sermos mães... Hoje é um desses dias...
Quando dizem que, quando nasce um filho, o coração da mãe passa a bater fora do peito, é mesmo verdade!


Sabem meninas, as Mães são uma força da natureza cheia de medos e imperfeições... Quero muito deixar-vos voar, mas tenho tanto medo deste mundo que nos rodeia... As vossas asas ainda são demasiado frágeis para lidar com determinadas situações que acontecem à nossa volta...
Há pessoas más, que por diversas razões que só elas sabem vão escurecendo os nossos dias... E o mais difícil é encontramos a nossa luz. A que temos em nós! Quando a encontramos, percebemos que nada nem ninguém nos pode escurecer, porque temos um brilho próprio! Acho que percebemos isso quando nos aprendemos a amar a nós em primeiro lugar... No entanto, essa sabedoria só chega com o tempo, e por isso, até lá, estarei aqui para não deixar que nada vos tire essa luz tão brilhante que vocês têm, cada uma à sua maneira! 

Todos os dias tenho medo... Medo que vos destruam os sonhos, ou que vos tentem impedir de sonhar... Medo que vos magoem a alma... Que vos "risquem" essa maneira doce de ser... Que vos façam sentir que não conseguem algo! Porque nós conseguimos tudo filhas! Basta querer, acreditar, sonhar, e ser persistente... 

Antes de ser Mãe o mundo não era tão assustador! Hoje é... Muito! 

3 de outubro de 2018

Para as minhas "ninguém"

Há momentos na vida que nos põem à prova, e que nos mostram o quanto somos fortes e resilientes, e o quanto valem os nossos amigos! 


Hoje escrevo para quem me ajudou a crescer, apesar de nos termos conhecido numa altura em que já éramos todas crescidas... Para quem diariamente torna os meus dias melhores, e para quem eu sei, de olhos fechados, que posso sempre contar! 
Vocês são as minhas "ninguém"! 
A amizade com esta entrega é um ato de confiança sem tamanho, é colocarmos o pé mesmo antes de conseguirmos ver o chão... E é assim que a nossa amizade é! 
Sem barreiras, sem duvidas, sem preconceitos, sem medos e com respeito.

Somos três, e as três tão diferentes e tão iguais! 
Conseguimos saber por um olhar todas as certezas que temos! Até as duvidas... Basta um olhar que já nos sabemos ler como ninguém!
Vibramos com as conquistas umas das outras, trememos quando alguma está prestes a dar um passo errado, e damos colo quando é preciso! Sem lamechismos que isso não é para nós (ou não era...)!

Ao longo do nosso caminho vamos sentir medo, muito! Mas é tão mais fácil com vocês ao lado. Esse medo não irá fazer morada em nós, porque somos uma fortaleza difícil de deitar abaixo! E se cairmos, temos uma força gigante para nos voltarmos a erguer!
A vida pode dar as voltas que quiser, que nunca irá mudar o que temos ou o que sentimos! 
O brilho nos nossos olhos não se esmorece facilmente, temos uma gargalhada fácil e barulhenta, sorrimos com o coração, somos mulheres de garra e saiam da frente se estivermos viradas do avesso! Somos umas pelas outras e umas para as outras! 

Sou grata, do fundo do meu coração, por a vida vos ter colocado no meu caminho!
Obrigada por tudo o que têm ensinado aqui à menina!

Quando for grande quero ser como tu balofa, e sorrir com tanta alma (e dentes) como  tu sorris Doris! Love you! 




28 de setembro de 2018

Um incêndio que mudou muitas vidas...

(Texto escrito em Junho de 2017, para as minhas filhas)

Filhas, estamos em Junho de 2017… Está um calor fora do normal, e os incêndios começam…
A natureza está zangada… Não a temos tratado bem de certeza…

A Mãe e o Pai estão a divertir-se num jantar, numa noite quente, com os amigos… Vocês estão em casa da avó, confortáveis e em segurança… E ao mesmo tempo Portugal vive um dos maiores incêndios de sempre… 
Que isto nos sirva de lição para valorizarmos o quão afortunados somos, a sorte que temos tido sempre, a vida que nos calhou e que construímos…

Há relatos e tragédias que nos fazem doer, e nos causam uma angustia inexplicável… Que nos fazem questionar o que somos e como agimos… 
Hoje, depois de uma noite trágica em Pedrógão, a vida continua para uns, para outros não… 
É assim todos os dias, eu sei… Mas quando se vêm famílias inteiras a desaparecer de forma tão drástica, de um momento para o outro, ou, talvez pior ainda, quando vemos desaparecer o bem mais precioso da vida de uns pais que, não consigo imaginar como, terão de continuar cá e levar a vida para a frente, é impossível que o medo não nos invada o coração…

Depois do incêndio de ontem, há pais que não vão poder voltar a abraçar, a ver, a ouvir os seus filhos… É uma dor que magoa só de a imaginar! 

Que sorte temos por vos ter connosco! Que sorte temos nós por existirem dias muito difíceis na nossa feliz vida! Birras constantes, cansaço extremo, noites mal dormidas, pequenas doenças, duvidas e indecisões… Que sorte pelas coisas “más” da nossa vida, que no fundo é tão boa…! Que sorte!

Viver um dia de cada vez, valorizar tudo o que temos e relativizar as coisas menos boas… E ter fé que tudo vai correr bem… mesmo quando não corre…


Princesas, só morre quem é esquecido! E apesar de não se lembrarem deste dia, ou das pessoas que perderam as suas vidas neste trágico dia, tenho a certeza de que ao lerem isto, e ao valorizarem o que têm, estão a manter viva a sua memória!

A todas as famílias que perderam tudo neste maldito incêndio, a quem perdeu amigos, às famílias que se desmoronaram… Um abraço apertado!

26 de setembro de 2018

O Pai que hoje tenho

Pensei muito antes de escrever aqui para ti... Não porque nunca te tenha escrito, mas porque te sinto como das coisas mais privadas que tenho. Depois, lembrei-me do quanto tu gostavas de escrever, do poeta que tinhas dentro de ti, de como gostavas de deixar no papel o que vivias... E foi o mais importante que me deixaste! As tuas folhas rabiscadas, ora com poesia, ora com diários de uma vida às vezes leviana, ora com nomes estranhos da industria farmacêutica... 
É o que tenho teu. É o que era teu, agora é meu, e um dia será das minhas filhas! E acho que é por isso que também gosto de escrever... Porque passar os nossos sentimentos e as nossas memórias para o papel faz com que se tornem eternas.


Recordo-me de ti a declamar poesia, normalmente já depois de uns copos de vinho... 
Os poemas saiam da tua alma, com a mesma intensidade com que o poeta um dia os escreveu num papel.

Recordo-me de ti como um homem bom, muito humano, muito humilde, muito amigo, de uma simplicidade rara, e com um desapego aos bens materiais que só conheci em ti.
Sonhador, libertino, de coração aberto ao mundo, gargalhada fácil, sorriso bondoso.
Tinhas pouco juízo, é verdade. Mas um sentido de justiça gigante.
Viveste a vida sempre à tua maneira, subiste na vida com uma inteligência desigual, caíste tantas e tantas vezes, e ergueste-te outras tantas. 
Foste o melhor amigo que alguém podia ter, aquele que dá o que tem e o que não tem, aquele da "camisa branca" como diz a musica que tanto ouvíamos... Não eras o amigo presente, mas eras o que aparecia sempre que era preciso! Acho que herdei isso de ti.

Tinhas de viver rodeado de paixão. Ou pelo menos de algo que achasses (e sentisses) que era paixão. E, embora me tenhas ensinado que a paixão um dia passa e que o mais importante na vida é o amor (sabias tão bem isso, em teoria), precisavas sempre de te sentir apaixonado! Assim, viveste intensamente todas as tuas paixões, enquanto duraram. E sei que levaste contigo cada uma delas no coração. Algumas ficaram no meu também, até hoje. Outras não, é assim a vida.

Sou filha de Pais separados que, com orgulho, posso dizer que os meus Pais foram sempre os melhores amigos! Até ao fim. E, olhando em volta e vendo o que hoje se passa com tantas famílias, tive uma sorte do caraças! Nem sempre foste presente, mas também nunca te senti ausente, porque houve sempre uma mulher extraordinária que me lembrava que tu, mesmo não estando era como se estivesses, e com uma arte que só se explica pelo facto de ser uma Mãe como há poucas, camuflava a tua ausência. E estava tudo bem.
Foi muitas vezes Pai e Mãe, mas nunca esteve sozinha nisto de criar uma filha. Porque tu, não estando sempre, estavas lá quando era preciso.  

Foste um Pai para muita gente, um professor para outros, e um sogro que fazia questão de pedir ao genro que não seguisse as suas pisadas. E sei que, onde estiveres, estás muito orgulhoso dele, e do homem (e Pai) que se tornou...
Mostraste a muita gente, enquanto cá estavas e quando partiste, que realmente o que interessa nesta vida é vivê-la da forma que mais gostamos, com valores, alegria, bondade, simplicidade, humildade e respeito pelo que nos rodeia.

Um dia ouvi dizer que existem coisas que só alguns sabem, poucos compreendem e ninguém percebe... E acho que é isso que me acontece hoje. Porque, dizer que te sinto mais em mim agora que não estás aqui, não faz muito sentido para os outros... Mas é o que sinto. Sou feliz por me sentir assim, e grata! Grata a ti, à minha Mãe, e a esta capacidade de olhar para trás e só conseguir ver as coisas boas. São apenas essas que agora vivem na minha memória e no meu coração... Talvez por isso só agora te sinta tão por perto... Mais perto do que nunca.

Às vezes olho para o céu com as princesas e elas dizem que desenhaste nas nuvens... Tantas vezes! Sempre que as nuvens têm uma forma diferente, lembram-se que foste tu que as desenhaste para elas poderem apreciar... Elas são especiais Pai! Sei que podes sentir isso aí onde estás, e peço-te que as protejas sempre! 
E quando poderes, escreve-nos um poema nas nuvens! 

Um beijo, daqui até aí... 



"Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
(...)
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia !
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!" - Ary dos Santos

25 de setembro de 2018

Hoje escrevo para ti!

Sou feliz! Sou feliz mesmo quando não estou feliz... Gosto de ver sempre o lado bom, o copo meio cheio, o lado mais luminoso da vida... E muito do que sou, e do que tenho, também a ti o devo! Cresci ao teu lado, tornei-me mulher, constituímos uma família... Juntos!
E que orgulho eu tenho disso! É bom ser a tua mulher, a tua companheira... 

Na realidade, a vida hoje em dia obriga-nos a ter vários papeis no mesmo dia, às vezes ao mesmo tempo... Trabalhar, ser Mãe, mulher, esposa, filha, neta... Gerir a nossa própria vida, a nossa vida familiar, financeira, criar rotinas (e fugir delas às vezes), organizar (e sincronizar) agendas!
É uma correria! E o que de melhor levamos nesta vida é o que está por trás dessa correria... 
As pausas para respirar, para nos olhar-mos, para vermos crescer os nossos filhos, para convivermos! 

Já me disseram que não há amores para a vida toda, mas eu não acredito! 
É difícil sim. Muito! É raro também...! Exige tempo, dedicação, paciência, tolerância, respeito, cedências, amizade, respeito, respeito, respeito... E mais tolerância! E amor! Ai o amor... É o caminho para tudo nesta vida! 
Eu acho que as pessoas hoje têm tanta pressa que não têm tempo para as relações. Não têm tempo (nem paciência) para ouvir outra voz que não a sua, não têm tempo para ter tempo de construir algo sólido, saudável, e que as torne pessoas felizes... 
Que sorte tenho eu, por te ter! 

Todos sabemos que o caminho se faz caminhando, mas o difícil é ultrapassar as pedras que nos vão aparecendo, e nisso temos sido uns profissionais! Com os anos aprendemos a dançar na vida ao mesmo ritmo, a saber respeitar o espaço um do outro, a surpreender quando é preciso, a andar ao sabor do vento mas sempre na mesma direção.

Mesmo quando é difícil, mesmo quando a vida teima em nos dificultar o caminho, sabemos que, no fim de contas, o mais importante é estarmos juntos!   

És um ser humano fantástico, e todos os dias agradeço por te ter na minha vida! Por ti (e contigo) vou até ao fim do mundo, e tenho a certeza de que seremos sempre felizes! Mesmo quando não estamos felizes, SOMOS felizes! 

"Amo-te, mil anos por cada rosa"

21 de setembro de 2018

Dar-lhes a liberdade de voar...

Sou de viver! Viver a sério! 
Sou mais de sim do que de não, e pouco do logo se vê! Nada de nunca e muito de sempre...
Sou de ir em vez de ficar, de sonhar e de acreditar. Se a pergunta é "vamos?" a resposta é "ainda aqui estamos?" 

Outubro 2017

A verdade é que, com o passar dos anos, a vida ensina-nos que há momentos que não se repetem e oportunidades que não voltam. 

Educar é a tarefa mais difícil de todas! E dá muito mais trabalho do que criar um filho... Educar é amar, ensinar, acompanhar, observar, corrigir, deixar errar, impor regras e limites com amor e firmeza, ensinar a lidar com os "nãos" da vida, conversar, compreender, repreender, responsabilizar, passar valores e criar raízes a alguém que, é tão nosso, mas não nos pertence... 

O coração de uma Mãe vai ficando mais apertado a cada voo... 
À medida que vão crescendo, é preciso deixar voar os filhos, com a mesma confiança com que lhes criamos raízes...  E ficamos a observar os seus voos, que sendo cada vez maiores, os levarão onde eles quiserem ir!

Quero muito que sejam assim! Livres! Sempre sabendo onde começa e onde acaba essa liberdade... Porque só essa liberdade, a que respeita a vida (nossa e dos outros) é que é boa de se viver...! 
Que não tenham medo de cair, de arriscar, de mudar! Que tenham loucura na mesma medida que têm serenidade! 

Eu vou estar aqui sempre, a aplaudir as vossas conquistas, apoiar os vossos medos, e quando for preciso a ajudar-vos a levantar! Serei sempre a vossa casa...

Voem meninas... alto! Muito alto! Sem medos!

18 de setembro de 2018

Que venha o novo ano letivo!

Ontem foi dia de recomeços...

Depois de umas longas férias, com imensas atividades, amigos novos, festas e menos rotinas, e já com muitas saudades da vossa escola, lá foram as duas! De mãos dadas como sempre!

Desde o infantário, até ao Jardim de infância, as pessoas que entram e saem das vossas vidas têm sido muitas! E as importantes, as que vos marcam a alma, ficam SEMPRE no vosso coração...!

Este ano, mais uma vez vão mudar de educadora, mas, sinto-vos mais crescidas e preparadas para estas mudanças!
A S. está sempre bem, desde que não a contrariem muito e que a deixem brincar... Já a D. custa sempre mais um bocadinho, pois gosta na mesma medida que lhe custa a separação! 
Gosta mesmo de gostar de pessoas, e de as ter presente na vida dela! Portanto, não gosta de mudanças, de separações! No entanto, apesar dessa dificuldade, acho-a mais preparada este ano...

A escola mantém-se, e a maioria das suas monitoras que tanto adora também, o que ajuda no processo, mas mesmo assim custou um bocadinho! Para ela é como que estar a voltar à rotina, mas a faltar uma peça essencial... 

Filhas, vocês são as duas tão diferentes, e nessa diferença está o que mais gosto! 
Na vida é importante ser um bocadinho desligada como tu S., mas também é muito importante cuidar e manter as pessoas no coração, e na memória, como tão intensamente fazes D.!

Que juntas consigam sempre manter este equilíbrio que caracteriza a vossa relação, e que se completem neste caminho que, por enquanto vão fazendo de mãos dadas... Haverá maneira melhor que esta? Claro que não! 




"És eternamente responsável por aquilo que cativas..."

31 de julho de 2018

5 Anos de ti, minha mais velha!



Parabéns minha princesa crescida! 

Mas…. Podemos parar o tempo por favor??!!
Tu estás radiante por já fazeres 5 anos, e eu tão orgulhosa da menina em que te estas a tornar, mas ao mesmo tempo com o coração apertadinho por te ver voar cada vez mais alto…

Que continues sempre assim, essa menina cheia de luz, curiosa, doce, meiga, humilde, amiga, expressiva e comunicativa, teimosa, emotiva, alegre e sorridente, de gargalhada fácil e de uma sensibilidade que transborda! Sempre preocupada com todos e com o mundo, com um olhar doce e expressivo, sempre atenta ao mundo que te rodeia, e a todos os pormenores! 

Hoje é um dia importante meu amor! Que seja como desejas, porque é o teu dia!

AMO-TE minha princesa cheia de luz!!!
Coisas muito boas estão guardadas para ti meu amor! Que vivas sempre a vida desse teu jeito tão raro, mas tão certo!
 

6 de junho de 2018

Isto de ser Mãe...



Isto da maternidade muda mesmo as pessoas, as relações, as vidas... É como se houvesse um filtro, e passamos a dar valor apenas ao que realmente importa, e a ter por perto apenas quem vale a pena... 

Há momentos únicos, que por alguma razão ficam marcados no coração... Como o dia do nascimento, o dia em que as duas se conheceram, a chegada a casa, a entrada no infantário, as mudanças de escola, as despedidas, os reencontros, as férias, as festas, os convívios, as doenças, os sustos, o som das gargalhadas e da casa cheia, os abraços, os acampamentos na sala, tanta coisa...

Fazendo uma retrospectiva destes últimos anos,o balanço é muito positivo, mas o que mais me marcou foi ver crescer a relação das minhas filhas… Tem sido o melhor, e o pior, sem duvida!

O pior, porque é tão, mas tão difícil de gerir… Gerir conflitos, ensinar, educar, fazer-vos aprender a partilhar, a amar, a respeitar, a desculpar, a ceder, a agradecer… é difícil!

O melhor, porque não há nada melhor no mundo do que as ter por perto! Mesmo quando me cansam! Mesmo quando me tiram do sério! Nada é melhor que o abraço delas, e, acima de tudo, nada é melhor que ver o amor e carinho que têm uma pela outra!

Sim, têm conflitos, muitos… Desentendem-se, discutem, gritam e choram as duas ao mesmo tempo… Medem forças e querem tudo igual! Igual igual! Se há cores diferentes, há guerra…
Mas amam-se como nunca vi! É o amor mais puro e simples que alguma vez presenciei… Tudo se revolve em segundos, com um abraço, um beijinho e um "vamos lá brincar!"…
Há uma união inexplicável, que gostava que mantivessem ao longo da vida… Defendem-se (e encobrem-se) uma à outra como ninguém! 
São tão diferentes e tão iguais… Aquecem o coração a quem com elas partilha de perto todos os momentos, bons e menos bons…

Meninas, eu e o Pai estaremos sempre aqui! 
Mesmo errando, vamos aprendendo a ensinar-vos a crescer da melhor maneira…




Dia de filha única!


E no fim de semana tivemos mais um dia só nosso! E como gostas dos dias de filha única!!!


Adoras ser a "minha companheira", mas por outro lado estás sempre a falar da tua irmã... É engraçado apreciar essa tua dualidade de sentimentos, e essa tua bondade mesmo quando estás em modo "filha única"... Nunca te esqueces da S! 

Adoro passar assim um tempo só contigo, ouvir-te com atenção, ler os teus pensamentos, e tentar descodificar os teus sentimentos... Porque tu és tão boa, tão pura, tão "crescida" que às vezes se torna difícil gerir as tuas (e as nossas emoções)...

Sempre foste despachada, e crescida... Desde que és gente!

Lembro-me que cedo te começaste a pôr de pé, a apontar para todo o lado, a falar, a gatinhar, e a dar valentes gargalhadas!
Aos 5 meses já te sentavas sem apoio, aos 7 começaste a gatinhar, e com um ano já andavas muito sem apoio! Desde cedo que és um espelho do que te rodeia, não te escapa nada, observas tudo e memorizas tudo!
Enches  qualquer sitio onde estejas! Desde sempre! E ninguém te fica indiferente, dás-te facilmente com toda a gente, e quando gostas..... gostas a sério! Amas de verdade, e guardas cada pessoa no teu coração com tanto carinho que às vezes me emociona... E me enche de orgulho!
Sei que essa entrega que pões em tudo o que fazes, e em todas as pessoas que amas, um dia, provavelmente, te irá magoar... E que grande parte da minha "missão" contigo é dar-te ferramentas para te defenderes dessa tua forma de amar, neste mundo que tantas vezes é cruel... Mas também sei o quão inteligente és, e que facilmente vais aprender a lidar com tudo isso! 
Por mim, só quero que sejas sempre assim, a viver com toda essa intensidade e autenticidade! 

Que sejas sempre essa menina doce e meiga, humilde e amiga, expressiva e comunicativa, cheia de luz, teimosa e emotiva, alegre e sorridente, de gargalhada fácil e de uma sensibilidade que transborda! Sempre preocupada com todos e com o mundo…



Foi contigo que aprendi o que é ser Mãe, que senti vida dentro de mim pela primeira vez, que tive medos a sério e que senti um amor infinito a crescer de dia para dia! 
Foi contigo que o meu corpo e a minha mente mudaram e que senti o peso da responsabilidade!

Ser tua Mãe faz-me sentir tão forte e ao mesmo tempo tão pequena ao pé de ti... Amo-te!




3 anos de ti...

Minha piolha "piquena" e traquina! 


Já fizeste 3 anos, como tanto querias... 
És quase crescida como a mana, dizes tu! Para mim não... Para mim ainda és a minha bebé...!
Tantas mudanças trouxeste contigo para a nossa vida! 
Obrigada por toda a tua traquinice e rebeldia! 
Fizeste de mim uma Mãe melhor, mais descontraída e descomplicada, muito mais confiante, mais prática e mais paciente!
Fizeste-me descobrir que afinal não estava nem perto de atingir o meu limite de paciência!
És rebelde e doce, independente e mimosa, extrovertida e seletiva, expressiva e medricas, torcida e humilde, destemida e corajosa… 
Sabes bem o que queres, como queres e quando queres, e sabes muito bem dar a volta às coisas para viveres a vida do teu jeito! E que jeito! Como tantas vezes me dizem, “sabes viver…”! 
E isso, apesar de agora me “atrapalhar” um pouco o dia-a-dia, acredito que vá ser uma das tuas maiores qualidades no futuro!

AMO-TE minha força da natureza!!!


5 de junho de 2018

A entrada da minha "piquena" no Jardim de Infância

Fizeste ontem 3 anos... E foi o dia de mudares a tua vida!

Ontem, acordaste feliz ao som dos parabéns e foste toda orgulhosa para o Infantário por ser o TEU dia! E que dia!
Acho que conseguimos que tivesses tudo o que mais gostas, e que passasses um dia muito muito feliz!

Hoje, acordaste uma menina mais crescida, e por isso lá foste tu embarcar numa nova aventura! Acordaste primeiro que toda a gente, vestiste-te sozinha e depressa, e ficaste à porta, de mochila às costas, à minha espera (e da mana). 
Chegamos à escola e foste a sorrir, como fazes sempre perante um desafio... 
És destemida, desenrascada, determinada e independente! E são estas qualidades que te tornam tão "descomplicada" no que toca a enfrentar novos desafios (ou mudanças...)!
Sabes levar a vida de uma maneira única, e acredito que isso te ajudará sempre ao longo do teu caminho...

Foste para o Jardim de Infância, e ficaste na sala da mana! Que sorte a vossa!! Ao longo das ultimas semanas, muita gente me questionou se seria bom ficarem juntas, na mesma sala, ao que nunca hesitei em responder que SIM!
Sim, só pode ser bom! Sim, vão ter "guerrinhas" e desentendimentos... Sim, vão fazer queixinhas uma da outra... Sim, vão criar um laço extremamente forte (ainda mais) por passarem tantas e tantas horas do dia juntas...
Pode ser mau? Não! Tenho a certeza de que vão ser o escudo uma da outra, vão proteger-se, ajudar-se, cuidar-se e mimar-se uma à outra... As fragilidades de uma serão a força da outra, e vice versa! 


Não vão ficar na mesma sala para sempre, mas enquanto poderem, aproveitem filhas! 

Conheçam-se ainda melhor, aprendam a lidar uma com a outra ainda melhor, amem-se ainda mais... E sejam felizes!!
Brinquem muito, façam muitos disparates, e vivam a vida intensamente e alegremente! 

4 de abril de 2018

O segundo filho...


O que nos muda um segundo filho?

Mostra-nos que o tempo voa ainda mais depressa, e que é possível amarmos da mesma foram, com a mesma intensidade, dois seres tão diferentes! 

Que o amor não se divide, mas multiplica-se! Que a paciência afinal ainda estica mais, e que somos muito mais fortes do que julgávamos! 


Quando olho, e vejo a protecção da mana mais velha em relação à mais nova, a ligação e cumplicidade que têm, os olhares e as declarações de amor entre elas, todo o cansaço desaparece! O coração transborda de um sentimento que é difícil colocar em palavras! 


Com o segundo filho percebemos que nada do que achávamos complicado com o primeiro, o é na realidade... Que se falharmos um jantar completo (sopa, prtao e fruta) não vem mal ao mundo, que se fecharmos os olhos a uma birra, ou se saltarmos um banho num dia, a vida segue o seu caminho na mesma no dia seguinte, e está tudo bem... 

E se um dia atrasarmos a hora de deitar para conversarmos mais um bocadinho? Seremos ainda mais felizes!  
Toda a regra tem uma exceção, e nesses momentos estão as maiores oportunidades de sermos felizes!

Que o que resulta com um, pode não resultar com outro, e o mais bonito é ir descobrindo isso mesmo… 

Mostra-nos a importância de lhes darmos a liberdade de se descobrirem, e conhecerem, e acima de tudo de se respeitarem... Mesmo através dos seus conflitos, que têm inevitavelmente! 

Mas é mesmo aí, nos conflitos, que se conhecem e se descobrem, com a maior autenticidade, para depois se abraçarem e ficar tudo bem! 
Que seja assim para toda a vida...


Filhas, não vos poderei proteger de tudo, e a vida às vezes vai ser dura, mas eu serei sempre a vossa casa, e tudo farei para que tenham uma na outra o seu maior escudo protetor! 


16 de março de 2018

Hoje perdi-te por (longos) minutos!

Esta semana perdi-te... Durante cerca de 20 minutos não soube de ti...

Foram 2 segundos a ajudar a S. a vestir o casaco, e quando me virei, já não estavas ali!
Senti-me, por momentos, gelada... O sangue não circulava, a respiração custava a sair, e o meu foco, além de ser encontrar-te, centrava-se em não perder o controle... 
E assim, de mão dada com a tua irmã, procurei-te em todo o lado que poderia imaginar, mas em vão...
Não respondias à minha chamada, não te ouvia a voz (e desta vez o teu silencio é que me ensurdecia), e sentia os minutos a passar e imaginava-te cada vez mais longe! Não podia ser! Não podias ter saído dali, nem tu farias isso, nem o nosso anjo da guarda permitiria... 


E decidi pedir ajuda, já no limite das minhas forças, para me manter focada e controlada perante a tua ausência... Segurava a mão da tua irmã, respirei fundo e disse as palavras "Perdi a D.!" 

E a frase ficou a ecoar na minha cabeça...! Procurei novamente em todos os sítios que já tinha percorrido, e diziam-me "é impossível ela ter saído daqui!"... e eu tinha de acreditar nisso!


Até que, na ultima porta que abrimos, lá estavas tu, descansada da vida a brincar!


Tinha vontade de te ralhar, e até de descarregar todos os meus medos em ti! 

Senti-me, literalmente, a descongelar quando te vi! O que antes me gelava agora fazia-me sentir tonta e cheia de calor! Só queria agarrar em ti e sair dali! 
Disse-te o quanto zangada e assustada estava, por não me teres dito para onde ias! Bastava uma palavra tua "Mãe, vou ali...!" e nada disto tinha acontecido! Ou bastava eu estar mais atenta.... A culpa não foi tua, obviamente, mas eu estava tão assustada... Só queria ir para casa com vocês as duas!


Chegamos ao carro e pedias desculpa sem parar, percebeste o pânico em que eu estava e dizias "eu não fugi, eu só estava a brincar"... E eu sei que estavas! Desculpa por não estar sempre atenta! Às vezes, com vocês as duas, fica difícil... Desculpa! Desculpa! 


À noite, quando te deitava disseste-me, do alto dos teus 4 anos "Mãe, não mais ficarás assustada!"... e eu digo-te "A culpa não foi tua filha... nem minha... mas não quero voltar a sentir-te perdida... Porque foi o pior que senti até hoje! Amo-te!"


2 de fevereiro de 2018

A caminhar sozinha, mas pouco!

Esta semana, depois do período de adaptação à escola nova ter sido interrompido com uma semana de férias, foi a semana de entrares sozinha…

Chegou a altura de dares um beijinho à Mãe, no portão da escola, um abraço apertado, pedires-me para trabalhar “só este bocadinho” e seguires o teu caminho pela escola até à sala do ATL… E lá foste tu, para meu espanto, a sorrir e a olhar para trás enquanto me acenavas um adeus tão doce… 

Que crescida que estás!
E que orgulho eu sinto em ti, e na menina em que todos os dias te estás a tornar…
Quem diria que ias caminhar assim, segura de ti, a sorrir, sem me segurares a mão… 
Sem ires nervosa até à porta da sala, por não gostares da despedida… Sabes, eu também não gosto!

Tenho aprendido tanto contigo filha! E esta nova fase está a tornar-nos melhores às duas…
Sabes, é sempre o “pobre” do irmão mais velho quem mais sofre com os erros dos Pais!
É contigo que aprendo, que abro caminho perante a minha inexperiência nesta nossa viagem, e que tudo é feito “pela primeira vez”…
Por seres a mana mais velha, às vezes espero demais… Espero que sejas crescida demais, madura demais, responsável demais… Mas estou a fazer um esforço para nunca me esquecer que também tu és uma “bebé” ainda! Que também tu estás a aprender a crescer e a ser uma menina grande… E eu, a aprender a ser Mãe!

Amo-te!




“Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz..”

Fernando Pessoa