Esta semana, depois do período de adaptação à escola nova ter
sido interrompido com uma semana de férias, foi a semana de entrares sozinha…
Chegou a altura de dares um beijinho à Mãe, no portão da escola, um
abraço apertado, pedires-me para trabalhar “só este bocadinho” e seguires o teu
caminho pela escola até à sala do ATL… E lá foste tu, para meu espanto, a
sorrir e a olhar para trás enquanto me acenavas um adeus tão doce…
Que crescida que estás!
E que orgulho eu sinto em ti, e na menina em que todos os
dias te estás a tornar…
Quem diria que ias caminhar assim, segura de ti, a sorrir,
sem me segurares a mão…
Sem ires nervosa até à porta da sala, por não gostares
da despedida… Sabes, eu também não gosto!
Tenho aprendido tanto contigo filha! E esta nova fase está a
tornar-nos melhores às duas…
Sabes, é sempre o “pobre” do irmão mais velho quem mais sofre
com os erros dos Pais!
É contigo que aprendo, que abro caminho perante a minha inexperiência
nesta nossa viagem, e que tudo é feito “pela primeira vez”…
Por seres a mana mais velha, às vezes espero demais… Espero
que sejas crescida demais, madura demais, responsável demais… Mas estou a fazer
um esforço para nunca me esquecer que também tu és uma “bebé” ainda! Que também
tu estás a aprender a crescer e a ser uma menina grande… E eu, a aprender a ser Mãe!
Amo-te!
“Quero ser o teu amigo. Nem
demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz..”
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz..”
Fernando Pessoa